Em 2011 a médica não me mandou fazer a ecografiazinha costumeira. Paciência!
Comecei, contudo, a sentir uma ligeira impressão do lado direito, uma pressão fora do comum, nada de muito notório. Começo a ficar cada vez mais rouca, o que dado o facto de ser fumadora até era natural.
Deixo andar...
Decido marcar uma consulta para uma endocrinologista a sério. Sem saber nada acerca dela, mas porque tinha vaga a uma hora que me dava jeito, calhou-me a Dra. Inês Sapinho. Mandou-me fazer uma ecografia e uma punção aspirativa com agulha fina à minha tireóide.
Alegre e contente, suportei a agulha espetada no meu lindo pescoço.
Alegre e contente, fui levantar os exames.
Alegre e contente, abri-os.
Alegre e contente...
????
O que é que isto quer dizer? "T. Folicular?", tal e qual.
Internet para que te quero. Google ajuda-me.
Li, reli... entrei em colapso nervoso.
Estranhamente o meu horário deixou de ser compatível com o da médica.
Os meus pais levaram os resultados à minha médica de família e ela calmamente disse "é melhor tirar".
Só consegui consulta em Abril.
Fui cheia de esperanças de que houvesse outra solução, mas não, era de facto melhor tirar.
Tratava-se de um tumor folicular, não era possível saber se benigno ou maligno. Só mediante cirurgia.
Esclareci todas as dúvidas. Saí do consultório como se nada fosse. Enfrentei tudo e todos como se nada fosse.
Chorei ao terceiro dia.
Chorei muito. Chorei compulsivamente.
Não voltei a chorar até receber a chamada telefónica do DR. Miguel Allen, cirurgião que me operou, e receber o RELATÓRIO ANÁTOMO-PATOLÓGICO a 26-06-2012.
Olá, gostaria de saber como foi a sua recuperação após a cirurgia. Obrigado
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